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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

ESQUEMA DE PIRÂMIDE

Empresa funcionava há quatro meses e movimentou mais de R$ 70 milhões.
Polícia vai investigar se mais gente participava do esquema.



 
 Os donos de uma empresa que lucrava com o esquema de pirâmide financeira foram presos na região metropolitana do Recife. A empresa funcionava há quatro meses e chegou a movimentar mais de R$ 70 milhões. De acordo com a página da Priples na internet, o escritório funcionava em duas salas – uma própria e outra alugada. A Priples começou a funcionar em 1º de abril e atraiu 210 mil pessoas. Prometia lucro de 60% ao mês sobre o valor investido na hora do cadastramento. Os anúncios falavam em marketing digital, numa forma revolucionária de ganhar dinheiro. Contudo, acionada por pessoas que se sentiram lesadas, a polícia concluiu que tratava de uma pirâmide financeira.

O sistema de pirâmide funciona assim: quem está no topo ganha dinheiro com a entrada de novos investidores, que vão subindo até receberem também. O problema é que chega um momento em que não entra mais ninguém e quem chegou por último não ganha nada. “Em crimes dessa natureza, estima-se que cerca de 70% ou 80% da base da pirâmide não conseguem recuperar o dinheiro investido”, explica Carlos Couto, delegado.
Os proprietários da Priples são Henrique Maciel Carmo de Lima, de 27 anos, e a mulher dele, Mirele Pacheco de Freitas, de 22 anos, que foram presos. A polícia apreendeu com eles três carros importados, um quadriciclo e ainda US$ 300 mil em espécie. A justiça bloqueou R$ 70 milhões da conta da empresa.
O porteiro Vitor Emanuel estava desempregado quando investiu R$ 500 na Priples. “Perdi tudo. Estou aqui, vim de bicicleta, perdi meu dinheiro. O carro dele está ai, o carro zero, nem placa tem com o meu dinheiro.”
A polícia vai investigar quem mais participava do esquema. “Elas devem procurar a Justiça, anular os contratos, tentar de alguma forma se ressarcir desse prejuízo, buscar garantias com os bens que foram sequestrados. Essas são as medidas na área cível”, orienta o delegado Guilherme Mesquita.
A justiça determinou uma multa de R$ 1 milhão para cada dia que a página da empresa continuar no ar.
Fonte: G1.com

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