TelexFree: Avenida Paulista é palco de protestos de 'divulgadores'
Manifestantes bloqueiam três das quatro faixas da avenida, no sentido Consolação
Manifestantes pedem o desbloqueio dos bens da TelexFree
(Marcio Rodrigues/Futura Press)
Cerca de 200 pessoas protestaram na Avenida Paulista, no início da tarde desta segunda-feira, pedindo o desbloqueio de bens da TelexFree,
segundo a Polícia Militar. O grupo fechou três das quatro faixas da via
na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp), no sentido
Consolação. Os manifestantes afirmam que a empresa é idônea e alegam que
o bloqueio de bens é ilegal. No final de junho, o Tribunal de Justiça
do Acre determinou o bloqueio de 6 bilhões de reais em bens da empresa -
mas foram encontrados "apenas" 600 milhões de reais.
A TelexFree é investigada por ter criado um esquema de pirâmide
financeira com mais de 1 milhão de participantes - o que configura
crime contra a economia popular. Segundo o Ministério Público, a empresa
usava a venda de pacotes de telefonia via internet (VoIP, na sigla em
inglês) como negócio de fachada. Contudo, o MP acredita que seus ganhos
eram obtidos por meio de "aplicações" financeiras feitas por indivíduos
que aceitavam participar da rede, e não pela venda dos produtos.
O grupo protesta em favor da empresa, já que o bloqueio judicial
impede que os pagamentos sejam feitos aos "divulgadores" - como são
chamados os indivíduos que investiram na TelexFree. Protestos
semelhantes foram feitos em Brasília e em cidades da região Nordeste.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) pede que os motoristas
evitem a avenida, que está parada da Praça Oswaldo Cruz até à Rua
Professor Otávio Mendes. Agentes de trânsito estão no local orientando
os usuários.
Histórico - TelelexFree, BBom e outras 31 empresas
estão sendo investigadas pelo Ministério Público pela criação de
pirâmide financeira. A ação faz parte de uma força-tarefa de promotores e
procuradores do Ministério Público de diversos estados brasileiros para
desmembrar esse tipo de atividade ilegal, entre eles Goiás, Espírito
Santo, Acre, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco.
A BBom e a TelexFree já tiveram seus bens congelados durante a
investigação. No caso da primeira, a inserção de novos integrantes na
rede era feita sob a alegação de que eles seriam parceiros em um
comércio de rastreadores, que, segundo a investigação, era um negócio de
fachada e nem mesmo os rastreadores eram homologados junto à Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Fonte: veja.com
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